quinta-feira, 27 de agosto de 2009


DUETO MB & AGLAURE

Você é complexa,
qual uma equação de álgebra.
Minh'alma quase perplexa,
sangra sozinha tênebra.

Sei que falta estrutura,
é frágil como uma rosa,
nesta atual conjuntura,
você ficou até melindrosa.

Bobo quase tolo,
sei que não me entende.
Mesmo com todo adolo
,nunca sei o que pretende.

Acredite não lhe mereço,
meus defeitos gritam alto.
Em sinal de seu apreço,
me fará absolto?

M.B.

ABSOLVIÇÃO

Você me colocou como vítima,
Viu em mim docilidade,
Uma equação complexa,
Viu também fragilidade.

Como ré eu me senti
Por usurpar seu sentimento,
Fazer sua alma sangrar,
Invadir seu pensamento.

Passo então a promotora
E lhe acuso sem censura,
Digo não enxergar seus defeitos
Que isso é difamação, é calunia.

Por fim em juíza me transformo,
Bato com força o martelo,
É o fim da sentença,
Se assim deseja,
Eu lhe absolvo, eu lhe libero.

Aglaure

Oh nobre promotora,
juíza deste servil,
Você libertou minh'alma,
do terribilíssimo covil.

Jamais esquecerei,
sublime libertação,
pelas terras que passarei,
estará em meu coração.

Não esqueça alma ardente,
" O sândalo perfuma o machado que o feriu"
meu coração agora candente,
pela sentença que você deferiu.

Em Saint-Exupéry você é a rosa
em que coloco uma redoma,
Escrevo-lhe em verso e prosa,
sonhando com seu aroma.

MB

LIBERTA-ME

Não esqueça que a sentença
Por mim deliberada
Foi sua alma que pediu
Dizendo estar dilacerada.

De vítima, passei a ré,
De ré a promotora,
De promotora a juíza
Em rosa me transformou
E me colocou numa redoma.

Agora sou eu que imploro
A você minha absolvição.
Quero estar livre, poder voar
Ser a dona do meu coração.

" O sândalo perfuma o machadoque o feriu "
Impregnada estou desse aroma,
Assim o meu IMO proferiu:
Liberta-me dessa redoma!

Aglaure

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