MENINA CARENTE
Repouso em teu peito o meu rosto,
Descanso nele como menina carente,
Dos teus lábios adocicados sinto o gosto,
No corpo desperto o desejo latente.
Se eu fui anjo, foi apenas pressuposto.
Ser alado, criação da minha mente.
Vem! Revolva de mim o desgosto,
Sacia amor, a minha sede pendente.
Se não hoje, que seja em agosto
Mês cujo eu jorrei da nascente.
Quero amar-te loucamente sem ser imposto,
Deixar permanente no teu paladar o meu gosto,
Fazer de ti um ser de mim dependente,
Percorrendo cada toque, cada gesto reposto.
Aglaure Corrêa Martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário